quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Cidade, Controlo Social e Liberdade Individual

A reserva mental confere ao indivíduo metropolitano espaço e liberdade pessoal.
Num círculo relativamente pequeno e fechado face a outros círculos , os seus membros detêm um campo estreito para o desenvolvimento das suas capacidades individuais e para a realização de movimentos livres. Os grupos familiares ou políticos, os partidos e associações religiosas começam assim. A sobrevivência das associações muito jovens requerem que estas estabeleçam fronteiras restritas, só assim não permitirão a liberdade individual. Á medida que o grupo cresce, a sua unidade interna reflete-se proporcionalmente e a rigidez que caracterizava o grupo social vai-se suavizando por meio das conexões e relações mútuas com o exterior. Ao mesmo tempo, os individuos avançam em matéria de liberdade, alcançando uma individualidade especifica que torna possível e necessária a divisão do trabalho do grupo em crescimento.O Estado, o cristianismo, os partidos políticos, assim como inumeráveis grupos desenvolveram-se de acordo com esta fórmula.
Este esquema é também identificável na evolução da individualidade na vida urbana. A vida na pequena cidade da Antiguidade e da Idade Média colocou barreiras para prevenir o movimento e as relações do individuo com o mundo exterior e levantou também barreiras no sentido de conter a independência e a diferenciação individual. A natureza destas barreiras era tal que o Homem actual as consideraria insuportáveis.
O modo de vida da metrópole permite ao ser humano expressar de modo particular e incomparável a sua natureza.
A metrópole é a sede da liberdade

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