O cenário inspirador de Simmel foi Berlim dos finais do Séc. XIX, uma cidade que se assumia quantitativa e qualitativamente diferente da que a precedeu. Primeiro, porque a sua extensão e povoação inaugurava uma escala que mais tarde se tornaria normal e segundo, porque na sua essência o habitante desta cidade apresentava características nunca antes vistas.
A cidade de Berlim tinha em 1877 um milhão de residentes, em 1900 2, 5 milhões e em 1919 atingia já 3, 7 milhões de habitantes (Highmore,2003 in Palacios, 2005).
A cidade de Berlim tinha em 1877 um milhão de residentes, em 1900 2, 5 milhões e em 1919 atingia já 3, 7 milhões de habitantes (Highmore,2003 in Palacios, 2005).
" A Metrópole e a Vida do Espiríto" (1903), tem portanto um cenário definido e específico. Berlim era a cidade onde residia, acompanhando assim a sua profunda transformação, este facto, deu-lhe a possibilidade de ser capaz de a observar de forma penetrante e sensível. Nada mais natural, por conseguinte, do que a sociologia daqueles tempos, especialmente a de Georg Simmel, preocupar-se primordialmente com as reações do indivíduo frente ao mundo urbano.
"As grandes cidades têm no pensamento de Simmel - como escreve Nisbet - a mesma importância que a democarcia para Tocqueville, o capitalismo para Marx, a burocracia para Weber." ( cit in Bettin, 1982).
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